Que seja p/ a Glória de Cristo Jesus, amém!
Estamos nos aproximando de um tempo, um período, em que, pela palavra de Deus, Jerusalém será novamente contada como a cidade santa – devido às profecias, devido às 70 semanas que sobre ela foram determinadas.
E é exatamente nesta mesma época que se é contado o tempo dos gentios: quando a cidade, por estar novamente baixo a determinação e vigência das 70 semanas estabelecidas sobre ela, como cidade santa, deverá ser entregue aos gentios para ser pisada; e o santuário profanado. (Apc. 11:2 – Dan. 8:13)
Tal acontecimento dar-se-á precisamente durante a 70ª semana, mais exatamente na metade da semana, quando for estabelecida a abominação desoladora no lugar santo (templo) pelo príncipe que há de vir.
Esta 70ª semana que se iniciará por meio de um Pacto (um concerto c/ muitos por 1 semana de anos: 7 anos) terá nos seus primeiros 3 anos e meio não somente a edificação do Santuário (em período recorde) em Jerusalém (no seu respectivo lugar) como também o retorno aos sacrifícios diários no templo (o sacrifício contínuo).
Porém, na metade da semana, ele fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares (sacrifício contínuo) estabelecendo em lugar deste a abominação desoladora: estopim da grande tribulação pelo mundo.
E, a grande tribulação perdurar-se-á por 42 meses, ou por um tempo, tempos e metade de um tempo, ou ainda por precisamente 1290 dias (de 24 horas). (Dan. 12:11)
Da qual tribulação – Cristo alerta, dizendo:
“Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela.” Luc. 21:20-21
E: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; então os que estiverem na Judéia fujam para os montes. Mat. 24:15-16
“Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.” Mat. 24:21
Esses dois eventos: abominação desoladora e cerco a Jerusalém são eventos simultâneos e se cumprem sobre Jerusalém num mesmo instante, estabelecendo a GRANDE TRIBULAÇÃO!
Isso se entende pelo fato de Jerusalém, em decorrência das 70 semanas sobre si determinadas, ser contada (na lei e pela profecia) a cidade santa, como também o templo em sua devida localização, o lugar santíssimo; porque, após a deportação dos judeus p/ Babilônica em época de Daniel, tendo sido primeiramente a cidade e o santuário rejeitados pelo Senhor (ainda nos dias do rei Josias – II Reis 23:27), e posteriormente destruída também a Seu mando, por Nabucodonosor, restam-se a Jerusalém (cidade santa) e aos judeus, unicamente as 70 semanas de anos por Deus determinadas; época quando as profecias retratam-na a cidade santa; por isso diz: sabe e entende: 70 semanas estão determinadas sobre a tua santa cidade (Jerusalém)…
Porquanto, fora da demarcação desse período das 70 semanas, nada esteve escrito e determinado a acontecer-lhe, pelo Senhor – senão, sua destruição!
Também para se entender isso, basta olharmos a história; pois após a rejeição dos judeus a Cristo, a única coisa escrita sobre Jerusalém foi sua destruição (ocorrida no ano 70 d.C.); mas quantas e quantas vezes Jerusalém, nos 1900 que se passaram, não foi alvo de disputa, sendo saqueada, invadida e tomada por outros povos?
No entanto, nada do que se ocorrera durante quase dois milênios esteve sob profecia ou importou a Deus.
Porquanto (nesta época) Jerusalém era a cidade rejeitada, e não sagrada; pois unicamente na LEI e/ou durante as 70 semanas que Deus lhe determinara, é que as profecias contam-na a cidade santa.
Isso significa que Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 – quando Jesus menciona eventos a se cumprirem sobre Jerusalém – principalmente a abominação desoladora no “lugar santo“, Ele não falava da Jerusalém rejeitada após Sua vinda e ida (a qual deveria, por profecia, ser destruída), mas falava em um porvir, exatamente do tempo contabilizado na profecia das 70 semanas determinadas sobre ela – a última semana de anos – a 70ª semana em Daniel 9: em seus respectivos 7 anos de vigência.
É nesta época que todos esses eventos ser-lhe-ão cumpridos; quando a cidade é contada na profecia como a cidade sagrada, e o templo, o lugar santíssimo, onde ainda será estabelecida a abominação desoladora (falada por Daniel e por Cristo) o estopim gerador da grande tribulação vindoura.
Pois a abominação desoladora no LUGAR SANTO é que estabelecerá a Grande Tribulação no mundo!
Por isso, Cristo alerta à Judéia (aqueles que O crêem) à fuga para os montes: quando Jerusalém for cercada de exércitos (e/ou vista a abominação desoladora no lugar santo).
Esses dois eventos se cumprem conjuntamente num mesmo instante: na metade da 70ª e última semana estabelecida sobre Jerusalém e os judeus.
Por isso diz:
“Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação.
Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias! porque haverá grande aperto na terra, e ira sobre este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” Luc. 21:20-24
A Judeia e Jerusalém
A JUDÉIA representava toda a região sul de Israel, onde se localizavam várias cidades, dentre as quais, Jerusalém, Belém, Hebrom, Arimatéia, Jericó etc.
Então, o Senhor diz-nos que, ao ser Jerusalém cercada de exércitos, saibamos que é chegada a sua desolação (e não o seu livramento, como muitos parecem entender).
Todos esses eventos estão também preditos em Mateus 24 e Marcos 13 (capítulos similares), quando o Senhor cita a abominação desoladora no lugar santo; na qual, o príncipe que há de vir (o assolador – o anticristo) se assentará como Deus, no templo de Deus, como se fora Deus! Nesse evento (e momento) estoura a Grande Tribulação pelo mundo durante 42 meses; ou por um tempo, tempos e metade de um tempo; ou precisamente por 1290 dias. (Dan. 12:11)
Ora, para dar uma melhor compreensão e dimensão, quanto a ordem de Cristo à fuga aos montes, a quem na Judéia se encontrar (e o que estiver no campo não voltar a buscar seus vestidos) quando for vista a abominação desoladora no lugar santo (ou Jerusalém cercada de exércitos).
( coisa não ocorrida na época da destruição de Jerusalém pelo império romano, sob o comando do general, Tito, ano 70 d.C. – porque lá houve cerco e destruição da cidade – mas quem se encontrava na Judéia não se necessitava fugir, porquanto naquele episódio, só Jerusalém estava a ser atingida ).
Olhemos o que representava a Judéia e Jerusalém (em época de Cristo) para compreendermos a questão:
A Judéia está representada (no mapa abaixo) por toda a parte amarela. Enquanto Jerusalém (que há de ser cercada de exércitos e onde será vista a abominação desoladora) se representa no mapa, pelo pontinho preto de maior destaque, quase no centro desta parte amarelada. Ou seja, Jerusalém era apenas uma das cidades da Judéia (e a capital).
A abominação desoladora terá seu epicentro em Jerusalém onde será estabelecida, gerando uma perseguição de dentro para fora, num ângulo de 360º – por isso, os da Judéia são os primeiros a fugir p/ os montes – como as ondulações geradas pelo impacto duma pedra lançada à água; ou como no epicentro dum terremoto, onde tudo em seu redor é atingido – ocasionando a perseguição vindoura com uma tribulação e aflição tal jamais vista na face da terra, iniciando-se da Judéia (precisamente por Jerusalém) estendendo-se ao mundo inteiro.
Mapa de Israel com destaque à Judéia (em amarelo) que na época de Cristo era governada por Pôncio Pilatos:
É nesta mesma época que o Apocalipse 13 diz sobre a besta:
“E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.” (Apc. 13:5)
O anticristo: o príncipe que há de vir – o verdadeiro assolador (extremamente mais maligno que Nero, Hitler ou Stalin) tomará Jerusalém, e a cidade será pisada; e os judeus cairão ao fio da espada e para todas as nações serão levados cativos e Jerusalém será pisada pelos gentios até que o tempo dos gentios se completem. (Luc. 21:24)
E qual é exatamente o tempo dos gentios ???
– É um tempo durante a septuagésima semana – na qual Jerusalém contando-se cidade santa – no entanto há de ser entregue aos gentios para ser pisada.
E o Apocalipse responde por quanto tempo:
“E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.” (Apc. 11:2)
É também em mesma época que o santuário e o exército são entregues a fim de serem pisados:
Daniel 8:13-14:
“Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.”
Daniel 12:11:
“E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.”
Em suma: a abominação desoladora não só há de profanar o santuário como também pisará a cidade santa!
( última alteração – 05/07/2018 )