Jerusalém - a Figueira que anuncia o Fim

Jerusalém – antes da conquista de Canaã pelos judeus

Para bem compreendermos as profecias, necessita-se primeiramente atentar à importância que Jerusalém desempenha na Lei, e os acontecimentos proféticos nela ocorridos no decorrer da história, para também se entender as coisas que lhe sobrevirão em futuro, no tempo do fim.

Por isso, voltemos na história para buscar tal compreensão. Jerusalém está diretamente ligada às profecias, aos judeus, e aos acontecimentos do tempo do fim; e ela é referência primordial na profecia das 70 semanas, que aliás, foram determinadas sobre ela (o mesmo se sucede ao Templo).

Antes da conquista de Canaã pelos judeus, Jerusalém era chamada JEBUS – cidade dos jebuseus; um dos antigos povos que habitava Canaã. (Juízes 19:10-11)
E Jebus (que é Jerusalém) só é conquistada, quando Davi já se tornara rei sobre todo o Israel, assim então, ele a toma dos jebuseus, sendo portanto, denominada a cidade de Davi. (II Sam. 5:7,9 – I Cr. 11:4-7)

E quando Deus entregava a LEI aos judeus (ainda no deserto), Ele lhes prometera ESCOLHER dentre suas doze tribos um lugar para que Seu Nome habitasse. (Deut. 12:13-14)
E um local para um santuário. (Ex. 25:8 – Deut. 12:5-6 – Deut. 12:11)

Jerusalém - a Cidade Santa

E Jerusalém é (dentre as doze tribos de Israel) a cidade escolhida por Deus na lei para que o Seu Nome habitasse. (I Rs 11:32 – I Rs 14:21c).
E, ao ser escolhida por Deus no tempo da lei, desde então, ela se tornaria a cidade santa; e a cidade escolhida e amada

O Senhor escolhendo Jerusalém:
“Porém ele terá uma tribo, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi de todas as tribos de Israel.”  (I Reis 11.32)
“E a seu filho darei uma tribo; para que Davi, meu servo, sempre tenha uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a cidade que escolhi para pôr ali o meu nome”. (I Reis 11.36)

Templo - o lugar Santíssimo

Por isso mesmo, também nela era escolhido o local para edificação do Templo do Senhor. (Deut. 12:5-6 – Ex. 25:8 – II Cr. 6:5-6) 

E a escolha do local do templo, só ocorre após o rei Davi ordenar a Joabe (capitão do exército de Israel) a recensear todo o Israel, fato que muito desagradaria ao Senhor, sobrevindo então, grande ira sobre Israel, e um anjo a destruir Jerusalém; e o anjo se deteve na Eira de Ornã, o jebuseu – este é o local escolhido por Deus no tempo da lei para se edificar o Templo do Senhor. (I Cron. 21:18,22)  
Razão pela qual, não pode ser edificado em nenhum outro local em Israel.  (Deut. 12:11)

E Salomão, ao concluir a obra do Templo, e depositar no interior do santuário a Arca do Concerto, a casa do Senhor se enche então com uma nuvem da Glória do Senhor, de sorte que os sacerdotes não conseguiam permanecer de pé (I Reis 8:5-11); e Salomão ao orar a Deus para que Ele lhe aceitasse a obra; Deus responde-lhe, aceitando-a, e santificando-lhe a casa. (I Reis 9:2-3)

Porém, depois, o rei Salomão desvia-se do Senhor, indo-se e inclinando-se a outros deuses, o Senhor então, após sua morte divide a Israel em dois reinos (e se antes eram doze tribos formando um só reino) agora eram dois reinos: Reino de Israel (a norte – formado por dez tribos) e Reino de Judá (ao sul – com duas tribos) sendo apenas esse governado por um descendente do rei Davi. 

Jerusalém é Rejeitada

E depois de os judeus muito pecarem e irritando ao Senhor; multiplicando em demasia as suas abominações ainda mais que os antigos habitantes de Canaã (jebuseus); desprezando a palavra do Senhor, mofando de seus profetas. (II Cr. 36:16) O Senhor então os rejeita (isto estava prescrito na Lei de Moisés que se poderia acontecer), e então, Deus bane a Israel (o reino do norte) da Sua presença, entregando-os como despojo aos reis da Assíria (império da época), os quais deportam os israelitas de todo o norte de Israel, de sua pátria espalhando-os noutras nações. (II Reis 17:17-18) E em contrapartida, repovoa a terra com povos estrangeiros em lugar dos israelitas.

E também Judá (reino do sul) que muito multiplicaria as suas abominações, contaminando a terra, derramando sangue inocente, e irritando ao Senhor, é rejeitado e o Senhor o retira de Sua presença. (II Reis 21:11-12)
E Jerusalém (
cidade que escolhera) é REJEITADA e DESTRUÍDA, como também o templo do Senhor. (II Reis 23:27)

O Senhor rejeitando a Jerusalém:
“E disse o SENHOR: Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que escolhi, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome.”  (II Reis 23:27)

 E inúmeros judeus caem pela fome e pela guerra, e outros tantos são levados cativos à Babilônia, ficando na cidade destruída, somente os mais pobres dentre o povo. (Jer. 29:10-14) E o exílio e o cativeiro na Babilônia haveria de perdurar-se por 70 anos. (Jer. 25:11-12)

Esses 70 anos do cativeiro só se iniciariam após a completa desolação de Jerusalémapós sua completa destruição!  Fato ocorrido somente no 4º mês do 19º ano de Nabucodonosor, após 3 anos do cerco babilônico sobre a cidade, quando então os caldeus após romperem seus muros, invadem-na destruindo-a. (Jer. 25:9-12 – Jer. 52:4-13 – II Cron. 36:15-21)

Só assim então é que se iniciariam tanto os 70 anos da desolação e descanso da terra, bem como os 70 anos do cativeiro judaico na Babilônia!

Depois ao se cumprirem os 70 anos, o Senhor os torna a congregar à pátria – Israel. Isso se daria às doze tribos de Israel, e não apenas a Judá e Benjamim (habitantes de Judá) – como muitos estudiosos entendem hoje. (Jer. 29:10-14 – Jer. 30:3-4)
Ou seja, o retorno judaico a terra de Israel (após a deportação para a Babilônia) se dará para com todo o Israel (para com as doze tribos – as quais tribos, dez já haviam sido espalhadas pelas nações nos tempos dos reis da Assíria); o retorno a terra de Israel refere-se às doze tribos de Israel!

Diz o Senhor:
“E serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.” (Jer. 29:14)

“Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o SENHOR; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão. E estas são as palavras que disse o SENHOR, acerca de Israel e de Judá.” (Jer. 30:3-4)

Porém agora, Jerusalém, seria edificada (e também Israel) mas em tempos angustiosos; e os tempos angustiosos estender-se-iam com os judeus sob dominação dos impérios vigentes: primeiro, Medos e Persas; depois Grécia, e depois Roma, até na vinda do Messias (e após Sua partida); quando então, novamente cidade e
santuário seriam destruídos (isso por profecia e também demanda da lei – devido a transgressão. (Daniel 9:26 – Lev. 26:31 – Lev. 26:33) Então, conforme determinara a profecia: tempos trabalhosos, angustiosos. (Dan. 9:25-26)

E, o Messias, Cristo, quando nascia entre os judeus, Roma mantinha suas legiões dominando a Palestina e mais além, e depois ainda manteria o mundo sob braço de ferro por muito tempo depois.

E tendo Jesus nascido no mundo, e sido crucificado nos dias do império de Tibério César; que, segundo a história ocorre-se no ano 33 d.C., passados 37 anos após a crucificação (ano 70 d.C.), Jerusalém novamente é varrida do mapa (agora) pelas legiões romanas, e o templo destruído, e milhares de judeus são
mortos e outros tantos dispersos mundo afora (a profecia que estabeleceu tal
destruição é escrita em Daniel 9:26); nela está predito que o Messias, após
ser cortado em Jerusalém, tanto a cidade quanto o santuário seriam destruídos pelo povo do
príncipe que há de vir
.

Isso mostra, o quanto Jerusalémcidade dos judeus, e cidade santa está intimamente ligada à profecia das 70 semanas; e também condicionada à obediência dos judeus a Deus – de modo que, é pela desobediência dos judeus (Israel) que a cidade e o templo são entregues à destruição, e eles expulsos da terra (isso é prescrição das bênçãos e maldições da LEI).

A Lei, Jerusalém e os judeus

Diz na Lei: 
“E se com isto não me ouvirdes, mas ainda andardes contrariamente para comigo, Também eu para convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque comereis a carne de vossos filhos, e a carne de vossas filhas. E destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas imagens, e lançarei os vossos cadáveres sobre os cadáveres dos vossos deuses; a minha alma se enfadará de vós. 
E reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não cheirarei o vosso cheiro suave. E assolarei a terra e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. E espalhar-vos-ei entre as nações, e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas.” (Lev. 26:27-33)

“Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e temível, o Senhor teu DEUS.” (Deut. 28:58)

“E será que, assim como o Senhor se deleitava em vós, em fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim o Senhor se deleitará em destruir-vos e consumir-vos; e desarraigados sereis da terra a qual passais a possuir. E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde uma extremidade da terra até à outra; e ali servireis a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais; ao pau e à pedra. E nem ainda entre estas nações descansarás, nem a planta de teu pé terá repouso; porquanto o SENHOR ali te dará coração agitado, e desfalecimento de olhos, e desmaio da alma.” (Deut. 28:63-65)

“E o Senhor os arrancou da sua terra com ira, e com indignação, e com grande furor, e os lançou em outra terra como neste dia se vê.” (Deut. 29:28)

“Porém, se vós e vossos filhos de qualquer maneira vos apartardes de mim, e não guardardes os meus mandamentos, e os meus estatutos, que vos tenho proposto, mas fordes, e servirdes a outros deuses, e vos prostrardes perante eles, Então destruirei a Israel da terra que lhes dei; e a esta casa, que santifiquei a meu nome, lançarei longe da minha presença; e Israel será por provérbio e motejo, entre todos os povos. 
E desta casa, que é tão exaltada, todo aquele que por ela passar pasmará, e assobiará, e dirá: Por que fez o SENHOR assim a esta terra e a esta casa? 
E dirão: Porque deixaram ao SENHOR seu Deus, que tirou da terra do Egito a  seus pais, e se apegaram a deuses alheios, e se encurvaram perante eles, e os serviram; por isso trouxe o SENHOR sobre eles todo este mal.” (I Reis 9:6-9)

Isso demonstra que a existência de Jerusalém e do Templo aos judeus (e sua possessão à terra de Israel) servem-lhes como um Termômetro; um relógio; e, um GRANDE SINAL da aprovação ou desaprovação de Deus p/ com eles.

E hoje – após os judeus terem permanecido ausentes aos termos de Israel, cumprindo uma diáspora de ± 1900 anos, tendo Jerusalém sido ocupada por todo esse tempo por vários povos – porém, após a II Guerra Mundial, em 1948, quando a terra de Israel novamente se torna um Estado judeu, e Jerusalém sua capital – isso denota um GRANDE INDÍCIO de que profecias estão por se CUMPRIR, e algo verdadeiramente notório está para acontecer.

Certamente há coisas se cumprindo e a se cumprirem! 
Pois tal evento (pelo decorrer da história) não poderia ter acontecido por mero acaso – e o Estado de Israel novamente está estabelecido, dado como um “presente” aos judeus.

A figueira que anuncia o verão: o fim!

Desde quando Jerusalém foi destruída pela Babilônia (± 500 anos a.C.) que desde então os judeus não mais obtiveram a autonomia e independência da nação. E foram subjugados e dominados pela Babilônia, depois Medos-Persas, pelos gregos e por Roma. E isso já estava estabelecido na própria profecia das 70 semanas, pois nela dita que a cidade e o santuário seriam edificados (mas os tempos seriam angustiosos). (Dan. 9:26)

Podemos ver isso na própria Bíblia, a começar de Babilônia (II Cr. 36:17-20); depois Média e Pérsia (Ed. 6:14); depois Grécia (livro de Macabeus); e por Roma (época de Cristo) quando as legiões romanas comandavam e dominavam tanto a Palestina como mais além.

Por essa razão Jerusalém exerce papel fundamental nas profecias, pois ela é figueira que há de florescer-se, tornar-se tenra, e brotar folhas – anunciando que o verão (o fim) está já para vir.

E Jesus diz aos discípulos:
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.” (Mat. 24:32-33)
Esta palavra:  “igualmente, quando virdes todas estas coisas…”

É uma referência a TUDO quanto os discípulos viam (o Templo e Jerusalém) e também ouviam (naquele momento) – quando mostravam a Cristo as estruturas do templo em Jerusalém, e interrogando-Lhe da destruição que Jesus lhes assegura sobrevir – após os sinais das dores…

E o que os discípulos viam ??
Primeiramente viam: o frondoso Templo Judaico c/ magníficas estruturas e tantos outros edifícios em Jerusalém.
– E ouviam dos sinais de dores – que o Senhor lhes predizia – a preceder a derrubada por terra de tudo quanto viam: “de tudo quanto viam, não haveria de ficar pedra sobre pedra que não se derrubasse”.

E quando Jesus diz:
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.” (Mat. 24:32-33)

Ora, a figueira é Israel, e, principalmente JERUSALÉM – que, até 1948 nem existia, mas que hoje existee se torna dia-a-dia mais frondosa (poderosa), restando-se ainda uma última coisa a se cumprir: o Templo judaico a se edificar….) (para que se possa vê-lo, tal qual era visto pelos discípulos)

Então pergunto:
Quando foi que Israel e Jerusalém alcançaram tamanha autonomia e poder ao longo da história (após a deportação dos judeus à Babilônia), a ponto de tornar-se nação poderosa, independente, isenta de tropas, e dominação estrangeira, como hoje se vê?

Podemos ver que realmente já está frondosa a Figueira, e brotando folhas…
certamente que o verão logo virá. Amém! 

( última alteração – 16/09/2022)

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17 comentários em “Jerusalém: a Figueira do Fim”

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